O Véu - um Estreito entre a Arte e a Realidade

Essa misteriosa e perigosa Arte, parece ter sido descoberta por Vittus - o Cinzento...

Regina, a mestra do Véu

A realidade em que vivemos é uma das muitas possíveis, todas elas com suas próprias regras, e em cada uma delas, existe uma versão de nós mesmos. Mas o que separa esses "eus", o que separa os mundos e mantem as regras deles dentro deles mesmos? Essa trama, essa camada Vitus, o cinzento chamou de Véu, ele também aprendeu a fazer o que ele chamou de "estreitar", deixar a pelicula mais finas, as regras rígidas mais, "maleáveis", regras do mundo se dobravam e se reajustavam, gerando consequências em geral imprevisíveis, e consumindo a vida do mago e das coisas ao seu redor. O que Vitus usava era energia bruta, a corrente que permitia o fluxo da magia em sua forma mais selvagem, sem um foco, sem uma invocação, sem um filtro, dessa forma toda a energia bruta passava por seu corpo consumindo a ele mesmo. Posteriormente com os estudos feitos pelos suas discípulas, Dahlia, Regina e Saphira com a ajuda de outro mestre, Jonas e do imortal Max, descobriu-se que essa consequência se dava pelo fato de, toda vez que se usava o Véu em sua forma bruta, você se aproximava de outro mundo, e se "descolava" deste, como a forma mais comum de passar de um mundo para outro é morrer, a forma com que esse desprendimento se mostrava era o rápido envelhecimento do usuário da magia bruta.

Dizem, que o vislumbre desse outro mundo causou vício em Vitus, sua loucura e sua consequente transformação no devorador.

Mas os longos estudos - e  inúmeros sacrifícios- de seus discípulos e colaboradores levaram ao aperfeiçoamento dessa magia bruta e a formas mais seguras de usa-la.

Eu e minha filha, as únicas magas do Véu nesse plano, nos empenhamos em avançar com os estudos do Véu, para que aquela terrível noite, onde fomos colocados em fila como bois em um abatedouro, separados de nossos companheiros de batalha e amigos, para que em algum momento matarmos aqueles que nós salvamos a vida e que muitas vezes nos salvaram a vida, com o qual estivemos juntos, para que nunca mais nos dobremos a vontade de deuses mimados por seu poder e arrogantes em seus tronos. Para que nossos herois não sejam enganados e corrompidos para que assim escolham o lado de seus opressores, para que reinos não sejam consumidos apenas para dar fim a seus propósitos, para que mundos não sejam destruídos apenas por sua vontade. Nos o fazemos para deixar a balança mais equilibradas, para desafiar os deuses de igual pra igual, essa era a vontade de Vitus, esse é seu legado, ele foi a fagulha, nós seremos a chama.